Introdução
Antes da Chuva é um roteiro de terror psicológico que lida com a temática de abuso físico, psicológico, sexual e por fim feminicídio.
Entendemos que os diversos elementos envolvidos no gênero como sustos, nojo, aumento de stress/apreensão, estranhamento e medo são diretamente conectados á estratégia de design de som utilizada.
Aqui procuraremos explicitar o planejamento da proposta de som que utilizaremos nesse curta metragem.
Proposta de som direto
Entendemos que o elemento de maior importância no som do filme são os elementos de sonorização que além de criar a atmosfera servirão de link para parte da trilha sonora, porém para que isso tenha o efeito esperado precisamos primeiro de consistência dos sons de ambiência, portanto o primeiro objetivo é a captação da ambiência de cada cômodo do set, bem como da locação externa, assim garantiremos que na edição do som haja uma normalização bastante harmônica.
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​Sendo assim, para o som direto nos diálogos iremos fazer a captação com microfone aéreo para a maioria das cenas, utilizando a lapela apenas para alguns momentos em que buscamos alguns grunhidos e sensações de proximidade extrema da personagem, geralmente aliado closes bastante fechados, assim teremos os sons de proximidade de corpo de maneira orgânica.
Cordas
Proposta de trilha
Buscamos uma trilha com utilização de sintetizadores, efeitos digitais de abafamento, alternância de canais. A ideia é ter um contraste com a estética retrô de fotografia/arte, bem como o contraste com as cordas utilizadas como efeitos.
Entendemos que a utilização de cordas como base harmônica ajudar na transição de efeitos para trilha, porém acreditamos que o contraste do sintetizados crie um estranhamento positivo para a sensação do espectador.
A ênfase/ápice da trilha será um grave rítmico e longas notas agudas chegando a quase estourar o áudio em ruído, dando assim a sensação de urgência e máximo stress do personagem central.
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Para chegarmos a esse consenso, fizemos testes e estudos:
Sintético
(Ideia de um momento dramático pra usar a oscilação de intensidade + algo rítmico)
(Trouxe mais a vibe de fobia que acreditamos combinar mais com o roteiro).
Sonorização
Buscaremos utilizar diversas texturas sonoras como elementos que darão maior estrutura para trilha. Nossa ideia é que o atrito, rangido, impacto ou tilintar de alguns itens sirva de abertura para a trilha, ocasionando uma fusão entre efeitos sonoros e trilha sonora. Tal qual Mark Korven costuma utilizar em suas obras com utilização da caixa de pesadelos.
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Porém devido a duração do filme esses efeitos serão utilizados também de maneira isolada, para construção de apreensão sem utilização de trilha. Assim teremos espaços de respiro para que a próxima progressão/evolução dos efeitos para uma trilha tenha a potência desejada.
Temos ideia da utilização do folley com uma ênfase bastante dramática para que além de ressaltar a importância da relação do personagem com o objeto em questão, também haja a construção do sentimento envolvido na ação, para isso amplificaremos alguns sons e mesclaremos com outros efeitos.
Ex.: o som do arrastar de móvel 2x mais alto do que o comum (e mesmo o atrito sendo de madeira com madeira) com mescla de um som secundário de rangido.
Para fazer o folley utilizaremos o boom, bem como microfones de headsets e celulares, de acordo com a estética/distorção e necessidade de clareza de som. Iremos realizar esses testes para ver o funcionamento disso antes do início da produção.
Referências
Tratamento de áudio
A edição do som direto/reduções de ruído e modulação de fades será feita com o Audacity.
Alguns efeitos sonoros serão distorcidos através do Garage Band, outros através do Audacity, com a utilização de filtros ou alteração de pre-sets.
A trilha será composta utilizando como base harmônica sintetizadores, buscando uma estética de som mais abafado, para contrastar com efeitos sonoros muito cristalinos.
A normalização e mixagem será feita no Audacity, por maior familiaridade com o software.